quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ourivesaria

2º tecnologia: Ourivesaria

O que foi pedido…
Tal como na tecnologia anterior, os professores fizeram-nos mais um desafio. Relacionado sempre com o tema da metamorfose, o desafio deste módulo foi para mim mais emocionante: “ (…) mas era preciso arriscar, e tu o que estás disposto a arriscar?” (…)

Resposta…
Seguia-se a hora de responder ao novo desafio. “ Estou disposta a ser contra o senso – comum. Quero ter poder de decisão, quero arriscar e falar de modo persuasivo”. Quando dei esta resposta fiquei super entusiasmada e tive vontade de desenvolver mais esta ideia, “ quero ser diferente de todas as outras pessoas. As outras pessoas são seres vazios por dentro, cobertos de um tecido esburacado por fora. São gelatinosas, sem qualquer tipo de forma. As pessoas seguem ideais comuns que lhes são impostos, seguem todas o mesmo caminho, aquele caminho negro com o abismo a vista. Estou cansada disso! Quero mais. Quero ser diferente. Quero estar preenchida”.
Encontradas todas as ideias principais para a elaboração do projecto, nascem as ideias chave para facilitar o desenvolvimento: “ diferente / original”, “ contra”, preenchida/interessante”, “ vazio/escuro”.
Devo dizer que, ao contrario da tecnologia anterior, os primeiros desenhos foram mais fáceis de realizar, não sei dizer bem o porquê mas talvez tenha sido por gostar ou por me identificar mais com ourivesaria e daquele conceito do belo nas jóias, do que propriamente com cerâmica.
Outro aspecto interessante ser referido, foi o facto de ter percebido finalmente através dos professores que me facilitaria o trabalho se interpreta-se as minhas palavras através de pincelas com aguarela. Ao princípio não percebia no que é que isto me ia ajudar, mas depois de ver aqueles desenhos monstruosos sem forma nenhuma vi que poderia criar dali todas as minhas peças, criando várias texturas e dando algumas formas com uma caneta preta.  

Conceito
Portanto, o conceito deste novo módulo é o ser diferente das outras pessoas que são vazias e sem forma. Basicamente ser o oposto de tudo e de todos.

Imagens de referência

Estas imagens mostram aquilo em que consste o meu conceito.
Na primeira retrata-se o vazio que existe nas pessoas e na segunda relaciona-se o ser igual e ser diferente, ser original.


Estas duas imagens são peças de ourivesaria e adequam-se perfeitamente neste conceito uma vez que na primeira centro representa o que são as pessoas hoje me dia (preto, todos iguais, sem qualquer interesse), e a parte dourada representa de alguma forma aquilo que eu quero ser, diferente, preenchida e interessante. A segunda imagem, a parte das linhas direitas da peça representa os ideais que são impostos as pessoas e que todos seguem. O nó da peça representa uma marca da diferença e do contra.


primeiros registos graficos



Exploração de ideias
Ao contrário do módulo de cerâmica, eu em conjunto com os professores achamos que seria melhor desenvolver o trabalho de outra maneira, e então saem estes primeiros registos de desenvolvimento:


Selecção e desenvolvimento de uma ideia





Desenho peças finais:

pendente

anel












pergadeira



















Relatório aula de oficina

Na primeira aula de oficina as professoras falaram-nos sobre algumas técnicas de ourivesaria, que embora não as vínhamos a usar, era importante sabe-las.
Assim algumas técnicas são:
Cinzelagem – trata-se de um processo que serve para dar volume a peças feitas em prata.
 Serragem – que tal como o nome indica é o corte. Nesta técnica usa-se um bloco de apoio de nome estilheira.
Dobragem – técnica de dobrar os matérias.
Conformagem – é uma técnica que tem como objectivo bater o metal de maneira a que este se estenda. É igualmente usado um apoio, neste casa uma base quadrada (embutideira)
Soldadura – processo de ajuntamento com solda de prata.
Electroforming – criação de uma peça em metal através de um molde

Símbolos químicos:
Prata: Ag
Cobre: Cu
Latão: Cu +ZN

Na segunda aula de oficina, apresentaram-nos uma PowerPoint intitulado de “Metamorfose das Jóias”. Este PowerPoint tinha como objectivo mostrar-nos a evolução das peças de ourivesaria/joalharia desde o paleolítico até os dias de hoje. No paleolítico as primeiras formas de jóias eram feitas de matérias orgânicos como ossadas, conchas e dentes já que não havia ainda conhecimento dos metais. Estas peças tinham sobretudo um carácter mágico. Em 6oo- 500 a.C. existe um grande avanço estético/ técnico. No século XV nasce a designação de relicário, um pertence pessoal. No século XVI começam a surgir as primeiras peças com a utilização de pedras preciosas como os rubis e as safiras devido aos descobrimentos. As pedras preciosas eram trazidas do oriente. No século XVIII são usados nas pesas motivos florais (influências do estilo barroca) de carácter de adorno. Muitas vezes estas peças eram cozidas directamente na roupa. No século XIX dá-se uma simplificação das formas (chatelaine) e a realização de jóias muito escuras para serem usadas no culto da morte. Nesta época ocorre também a revolução industrial o que desencadeia uma produção em série. Com a chegada do século XX e da arte nova, os artistas começam a assinar as suas peças que até então não eram assinadas. Já na segunda metade deste século os conceitos modificam-se. As peças têm muitas vezes uma forma abstracta, são feitas de materiais alternativos e transmitem emoções, fazem pensar e nem sempre são de directa percepção. Ocorre ainda um cruzamento de várias áreas.
No final da aula, foi-nos proposto uma pesquisa de peças de ourivesaria em vários livros das professoras e da escola, com objectivo de recolher formas, texturas e elementos que achasse-mos interessantes e que, de alguma forma, se relacionassem com os nossos conceitos.
Na terceira aula, fizemos uma experimentação de vários materiais, para sabermos as suas propriedades e para no final os podermos usar de maneira correcta nas nossas peças finais.
A quarta e a quinta aula foram única e exclusivamente para a realização das nossas peças
A sexta aula de oficina foi dedicada as apresentações dos alunos sobre uma jóia a escolha. A ideia era apresentar ao resto da turma a peça escolhida e todos os seus detalhes.

Aula experimentação de materiais






Peças finais e respectivos materiais
pendente
materiais: rolos de jornal, linhas, arame, tintas e cola branca





anel
materiais: missangas, cartão canelado, tintas, papel aveludado, arame, cola  



pergadeira
materiais: cartao, arame, tecido creme, missangas, papel aveludado, corda, cola




Apresentação final:

A apresentação deste módulo vai consistir no seguinte:
Cenário: pano de fundo preto (saco do lixo) fixo ao quadro e no quadro estará a seguinte frase escrita: “Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais” Bob Marley.
Apresentação: 3 a 4 pessoas vestidas de preto (com sacos do lixo sobre o corpo), a movimentarem-se de um lado para o outro do espaço cénico. Eu vestida com um fato de ginastica vou entrar pelo fundo e percorrer a sala a interpretar a musica de fundo, com movimentos das pernas e dos braços. No final da interpretação, faço uma posição final em cina de uma mesa,  e o pano de fundo caí mostrando a frase que se encontra por trás a assim termina a apresentação.
A peça de ourivesaria que vou usar será o pendente e estará colada no fundo ao loado do pano.

fotos da maquete de apresentação:



Apresentação final


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